Publicado em 16 fevereiro 2021 | Atualizado em 6 julho 2021

O monitoramento remoto de pacientes é mais um avanço tecnológico da medicina. Por meio do RPM (sigla em inglês para Remote Patient Monitoring), as pessoas podem ter alguns índices acompanhados à distância. Isso tudo sem filas, deslocamentos e esperas prolongadas no consultório.

Até 2024, o MarketWatch fez uma projeção na qual os investimentos na solução, só nos EUA, estão estimados em pouco mais de US$ 1,5 milhão. O que pode amparar esse aumento é o caso reportado pela Veteran’s Administration (VA) — que já faz uso do monitoramento remoto de pacientes — reportou uma redução de 25% no uso de leitos e 19% de redução em admissões de novos pacientes (além de 86% de aumento na satisfação dos pacientes).

No contexto da saúde 4.0, o RPM está presente em 31% das instituições que já focam em soluções integradas e tecnológicas. Outros 21% dos entrevistados de uma recente pesquisa destacaram que a ideia está em estágio de implementação. Ou seja: vale a pena saber tudo a respeito do monitoramento remoto de pacientes para entender como ele pode ser replicado na sua instituição. Confira!

O que é o monitoramento remoto de pacientes (RPM)?

Resumidamente, podemos apontar o monitoramento remoto de pacientes como um método de acompanhamento à distância das condições de um indivíduo com o auxílio de tecnologias digitais.

Por meio delas, é possível monitorar as condições ideais desses pacientes e também coletar dados de onde eles estiverem — em casa, no trabalho ou de férias em outra cidade.

Algumas das soluções que já são amplamente utilizadas em RPM são:

  • medidores de glicose para o controle de diabetes;
  • monitores de frequência cardíaca;
  • aferição da pressão arterial;
  • dispositivos de vigilância para pacientes com diferentes graus de demência;
  • programas de exercícios físicos.

Ou seja: são produtos que permitem aos médicos o acompanhamento — mesmo à distância — dos seus pacientes. Especialmente, aqueles que necessitam de cuidados constantes, como os diabéticos ou quem convive com quadros de pressão alta, entre outras condições.

Além disso, uma série de condições pode ser monitorada à distância. Alguns exemplos disso:

  • doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • doenças cardíacas;
  • diabetes;
  • hipertensão;
  • tratamentos de fertilidade.

Entre outras condições que demandam um cuidado constante dos pacientes.

Qual é a diferença entre o RPM e a telemedicina?

Embora similares, o monitoramento remoto de pacientes e a telemedicina carregam uma série de distinções. Por exemplo: ao praticar o RPM, você está fazendo uso da telemedicina.

Por outro lado, nem toda ferramenta usada pela telemedicina (como uma chamada telefônica ou por videoconferência) pode ser considerada uma solução para o monitoramento remoto de pacientes. Então, a telemedicina é um conceito mais amplo e com mais aplicações e variáveis do que o RPM.

Para exemplificar: imagine que um paciente tenha marcado uma consulta à distância para obter algum diagnóstico. Nesse caso seria utilizado a tecnologia da telemedicina para a realização desta. Porém, se na mesma consulta, a orientação for que o paciente fala o uso de um dispositivo que monitore (seu nível de glicose no sangue, hipoteticamente) as condições ideais de saúde, e esses dados são transmitidos para o médico sem a necessidade de deslocamento, esse seria o uso específico do monitoramento remoto de pacientes.

Quais são os principais benefícios em usar o RPM?

Talvez, a grande conveniência do monitoramento remoto de pacientes seja a flexibilidade no exercício do trabalho e o consequente aprimoramento na experiência das pessoas — tanto do médico quanto dos pacientes.

Afinal de contas, a coleta de dados vai ocorrer a todo momento, independentemente de onde as pessoas estejam. Isso agrega em economia de tempo, já que não necessitará mais de deslocamentos até a clínica ou o consultório.

Além disso, os próprios pacientes adquirem mais autonomia para checar os seus dados e, com isso, ter mais controle, precisão e agilidade na resposta diante de uma necessidade de ir ao pronto-socorro, por exemplo.

Existem, ainda, outros pontos que podem ser discutidos, confira a seguir alguns deles.

Acesso a um tratamento médico de qualidade

Áreas com baixa oferta de médicos e/ou hospitais podem fazer bom uso da telemedicina e do monitoramento remoto de pacientes para garantir que eles tenham um atendimento rápido, eficaz e cujo acompanhamento pode ser feito à distância mesmo — ao menos, para alguns dos aspectos já citados.

Então, é seguro dizer que mais pessoas podem ter acesso à medicina de qualidade, mesmo estando em áreas remotas ou com todo tipo de limitação que dificultem o ingresso de profissionais e de infraestrutura.

Qualidade na experiência do paciente

Como já mencionado, com o RPM o atendimento pode ser mais ágil, preciso e eficiente, cuja tomada de decisão pode dar mais qualidade de vida às pessoas.

Pacientes vão saber lidar, também, com as condições ideais relativas às suas doenças — sejam elas crônicas ou não — e não vão se estressar com qualquer mudança nos dados do seu sistema de monitoramento.

Consequentemente, as clínicas médicas vão ter um atendimento de qualidade, sabendo exatamente com o que vão lidar caso um paciente que já use o RPM marque uma consulta, por exemplo.

Suporte

Vale destacar, ainda, o quanto o suporte dos profissionais de saúde vai ser mais personalizado e orientado para o bem-estar e a tranquilidade do paciente. Esse, por sua vez, também vai ter um conhecimento maior a respeito da sua doença e vai sentir-se melhor amparado diante de qualquer necessidade.

Isso significa que, com o tempo, o seu paciente vai ter mais autonomia, flexibilidade e controle da sua própria condição. E isso só tem a enriquecer a relação com o médico e também com a própria saúde. A educação é uma ferramenta poderosa para que sintamos que estamos no controle e não precisamos nos estressar com qualquer mudança em nosso quadro clínico.

Como implementar o monitoramento remoto de pacientes?

Para ter acesso e disponibilizar o RPM aos seus pacientes, vale a pena atentar-se a alguns fatores-chave. E, abaixo, vamos discuti-los:

  • Identifique as necessidades dos seus pacientes e avalie quais soluções podem ser aplicadas para que o RPM se alinhe às características de cada um deles, de maneira que o monitoramento ocorra sem imprevistos;
  • Avalie os pontos que serão solucionados com o monitoramento remoto de pacientes. Isso significa que deve existir um valor real por trás da implementação, e você deve compreender onde isso vai impactar cada pessoa envolvida no atendimento de cada paciente que poderá fazer uso do RPM;
  • Encontre as melhores tecnologias, como softwares, que vão favorecer o seu trabalho de coleta, organização e utilização das informações de cada paciente. Importante sempre avaliar a capacidade de integração dos dados, bem como a usabilidade da plataforma e o alinhamento com os seus objetivos e necessidades;
  • Treine e capacite a sua equipe. Lembre-se que esse tipo de inovação tem que estar alinhado com todos os envolvidos no processo — e os seus colaboradores são parte elemental desse processo.

Vale destacar, também, que o seu paciente pode — e deve — ser educado a respeito dos benefícios e das aplicações do RPM. Afinal de contas, um dos grandes convenientes desse tipo de solução é a proporção de mais bem-estar, qualidade de vida e praticidade para uma experiência menos estressante e de qualidade.

Tenha em mente, por fim, que o monitoramento remoto de pacientes é apenas uma parte dessa revolução que a tecnologia tem aplicado no setor da saúde.

Para conhecer inovações que podem complementar — direta ou indiretamente — tudo o que vimos ao longo deste post, aproveite para conferir nosso artigo sobre as diferenças entre telemedicina e telessaúde!

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Redação Nexxto

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