Diante da competitividade cada vez mais acirrada no setor de saúde, a gestão precisa se adequar aos parâmetros exigidos para a conquista de acreditações como a certificação ONA. Afinal, é por meio desses processos que é atestada a competência técnica e o nível de conformidade das instituições aos protocolos e normas regulamentadoras.
No Brasil, a ONA é a principal acreditação nacional, sobretudo para as instituições hospitalares. Assim, a liderança precisa adotar estratégias que promovam o alinhamento às condições exigidas para atingir a certificação máxima e potencializar a marca.
Mediante isso, vamos discorrer sobre os critérios de avaliação necessários para a
acreditação das organizações de saúde. Saiba como assegurar mais excelência aos serviços para se adequar a esses processos, aumentar a competitividade e impulsionar os negócios.
Como fazer a inscrição para a acreditação?
Em primeiro lugar, vale destacar que as entidades acreditadoras — como a ONA — possuem critérios rigorosos de avaliação. Na verdade, a meta é focar em ações que estimulem as instituições a priorizarem a qualidade e a segurança assistencial do paciente.
Contudo, a despeito da relevância desse processo, toda a metodologia utilizada para uma acreditação é realizada de maneira voluntária. Além disso, também não há caráter fiscalizatório. Ou seja, o objetivo das unidades certificadoras é atuar como um programa de educação continuada com vistas à superação das etapas para credenciamento para a acreditação.
Por isso, é necessário que toda instituição credenciada passe por avaliações sistemáticas e periódicas. Tais critérios são primordiais porque servem de incentivo para a manutenção da conformidade com os padrões de qualidade alcançados inicialmente.
Em relação à inscrição para obter a certificação ONA, alguns passos devem ser seguidos. Veja quais são:
- a Organização Prestadora de Serviços de Saúde manifesta interesse para ser avaliada junto à Instituição Acreditadora;
- quando a Instituição Acreditadora coleta as informações necessárias da Organização Prestadora de Serviços de Saúde para formular a proposta;
- a Instituição Acreditadora encaminha proposta à Organização Prestadora de Serviços de Saúde;
- quando a Organização Prestadora de Serviços de Saúde analisa as propostas recebidas.
Como é a visita e o processo de avaliação?
Primeiramente, o líder responsável por essa etapa, bem como sua equipe de avaliadores, precisam contatar a direção da Organização Prestadora de Serviços de Saúde a fim de elaborar o plano de visita.
Depois, mediante a aprovação deste plano pela Instituição Acreditadora, procede-se ao agendamento da visitação. Nesse ínterim, é preciso firmar um contrato com a Instituição Acreditadora e a Organização Prestadora de Serviços de Saúde e confirmar, junto à ONA, o pagamento da taxa de inscrição.
Entre os pontos a serem observados, os principais são:
- a contar da data de recolhimento da taxa de inscrição, a Instituição Acreditadora terá um prazo máximo de 30 dias para começar o processo de avaliação;
- assim que concluir a avaliação, será emitido o Relatório de Avaliação. Nele serão registrados os resultados da visita;
- o relatório será encaminhado à Organização Prestadora de Serviços de Saúde, que terá um prazo de 90 dias para proceder a avaliação;
- caso haja alguma pendência, a Instituição Acreditadora terá 30 dias para retornar à Organização Prestadora de Serviços de Saúde com os recursos;
- no encerramento da visita, a equipe de avaliadores entregará o Relatório de Avaliação à Organização Prestadora de Serviços de Saúde.
Quanto ao plano de avaliação, seu conteúdo deve focar nos seguintes aspectos:
- data da execução da avaliação;
- tempo previsto e duração de cada atividade da avaliação;
- definição de sala exclusiva para as reuniões dos avaliadores;
- constar, de forma clara, todos os objetivos e propósitos da avaliação;
- identificação e apresentação dos membros da equipe de avaliadores;
- identificação dos documentos de referência, tais como: normas, procedimentos, rotinas, atas de reuniões e similares;
- programação detalhada de cada etapa da visita;
- programação das reuniões com a alta administração da Organização Prestadora de Serviços de Saúde;
- previsão de entrega do Relatório de Avaliação para a Instituição Acreditadora.
Quais são os níveis de acreditação?
A propósito, vale ressaltar que os três níveis de acreditação da ONA são reconhecidos internacionalmente e certificados pela International Society for Quality in Health Care (ISQua).
Os principais níveis de acreditação são:
Nível 1
De modo geral, esse primeiro nível de acreditação é concedido para instituições que atendem, integralmente, aos critérios de segurança do paciente. Para obter esse título, a instituição deve oferecer qualidade padrão em todas as áreas de atividade, incluindo aspectos estruturais e assistenciais.
Acreditado pleno (Nível 2)
Essa acreditação é distribuída aos hospitais que atingiram o nível 2 na certificação da ONA. Ou seja, para alcançar esse patamar, as instituições deverão atender aos critérios de segurança exigidos pelas entidades certificadoras. Além disso, também deverão apresentar gestão integrada, humanizada e com uma sistemática de comunicação plena e eficaz.
Acreditado com excelência (Nível 3)
Nesse nível, o princípio é a “excelência em gestão”. Via de regra, uma instituição hospitalar ou Programa da Saúde Acreditado, atende, de forma padronizada, aos níveis 1 e 2. Porém, a adequação aos requisitos específicos de nível 3 exige uma cultura organizacional diferenciada e melhoria contínua.
Como passar de um nível de acreditação para outro?
Em tese, o incentivo à mudança de níveis ajuda as organizações a incorporarem novos métodos de gestão interna. Porém, esse upgrade só é possível se a liderança adotar práticas consonantes com os métodos de segurança do paciente e com a humanização corporativa.
Dessa forma, a reestruturação ou a adoção de uma nova modelagem administrativa é um dos maiores desafios para as instituições que almejam escalar o patamar da acreditação ONA. Logo, esse é um processo educativo para as organizações, que deve ser construído gradativamente pela gestão.
Portanto, para atingir o nível máximo, além da maturidade institucional, é preciso superar as exigências do nível 2. Com isso, é necessário um trabalho cíclico, mais aprofundado, completo, persistente e contínuo.
Quais são os requisitos para conquistar o nível máximo?
Certamente, uma organização acreditada dentro dos parâmetros da metodologia ONA trabalha internamente a gestão de maneira qualificada e padronizada. Tanto na assistência, quanto na segurança do paciente, o foco é a adequação aos níveis de excelência.
Logo, quando uma instituição é certificada, ela transmite ao mercado mais segurança em todos esses aspectos.
Em relação ao nível máximo de certificação, os principais requisitos para acreditação hospitalar são:
- priorizar a melhoria permanente da qualidade da gestão e assistência;
- promover a integração harmônica entre todas as áreas da instituição;
- incorporar melhorias e estimular a proatividade entre os pares;
- implementar novos processos que contribuam para a manutenção da excelência dos serviços.
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem empreendido grandes esforços para incentivar o aprimoramento da assistência hospitalar à população. Para tanto, o estímulo à busca da certificação ONA e a melhoria na gestão das instituições hospitalares são importantes diferenciais.
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Portanto, vale destacar que um dos critérios mais relevantes para atingir o nível máximo de acreditação ONA é investir em tecnologias inovadoras. Por meio delas, a instituição pode alinhar os processos às normas e padrões de excelência internacional, além de crescer continuamente e se projetar em uma escalabilidade positiva.
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