Na era em que informação, tecnologia e transformação digital comandam a sociedade, as mudanças são constantes. De repente, deixamos de pedir táxi e passamos a usar aplicativos. O celular que você compra hoje, daqui alguns meses já estará ultrapassado. Não importa em qual setor: para não ficar para trás é preciso estar de olho nas novidades. É claro que isso também se aplica ao setor da saúde.
Segundo o Global Health Care Outlook 2019, os gastos com cuidados de saúde no mundo devem crescer cerca de 5,4% ao ano até 2022. A expectativa de vida da população também segue crescendo. Em 2018, era 73,5 anos. Segundo o mesmo documento, em 2022 deve ser 74,4.
Além disso, a tecnologia, já citada nesse texto, também é responsável por trazer um novo comportamento para os pacientes (que também passam a ser enxergados como clientes). Nesse cenário, quem trabalha em saúde deve ficar alerta para as tendências do setor. Você está pronto para tudo o que está por vir?
Para você entender um pouco da mudança desse cenário, separamos algumas das novidades que devem chegar ao setor de da saúde muito em breve.
Novos players
Muitas empresas, incluindo grandes nomes da tecnologia, estão de olho no setor, tornando-o mais competitivo. É o que também aponta o Global Health Care Outlook de 2019. Segundo o relatório, a Apple está trabalhando junto à startup Health Gorilla para incluir dados de diagnóstico ao iPhone.
A solução deve ser voltada principalmente para especialistas realizarem pedidos e compartilharem informações. Será possível revisar, armazenar e compartilhar informações médicas, como resultados de exames, alergias e outras informações.
Maior investimento em comunicação digital
Não importa qual o segmento: estamos vivendo uma fase em que, se uma empresa quer se destacar, ela precisa ter presença no mundo digital. Uma das melhores formas de ganhar visibilidade é apostando em marketing.
Porém, quando o assunto é marketing digital, 80% das empresas brasileiras ainda estão no estágio inicial, segundo o relatório Digital Marketing Readiness da consultoria McKinsey, divulgada neste ano.
Lá em 2015, a consultoria Greystone estudou o cenário do marketing digital no setor da saúde. A empresa concluiu que o setor “ainda está muito atrás das estratégias e técnicas de marketing digital de outras indústrias”.
É preciso que os representantes da área comecem a olhar para a comunicação com mais cuidado. Apostar em produção de conteúdo, por exemplo, é uma forma de se aproximar melhor do público.
Na saúde, mais especificamente, pode-se utilizar o marketing para reafirmar a importância da busca por profissionais de saúde. Com tanta informação disponível na internet, há quem acredite que dá para se cuidar sozinho. É preciso mostrar que as coisas não são bem assim!
Pacientes mais exigentes
Se por um lado alguns pacientes estão tentando se tornar independentes dos consultórios, existem as pessoas que tomaram consciência de que são clientes das empresas de saúde e prezam por um atendimento de qualidade.
Não é por acaso que o termo customer experience tem ficado cada vez mais no radar dos gestores dos mais variados setores. Segundo pesquisa da CEI Survey, até o ano que vem, 86% dos consumidores vão aceitar pagar mais para terem uma melhor experiência. O setor de saúde deve seguir essa tendência.
Segundo a WHO (World Health Organization), há motivos para essa mudança de comportamento: hoje, o paciente entende o seu papel, adquire conhecimento o suficiente para se engajar com os médicos no cuidado com a própria saúde e desenvolve habilidades para se cuidar com mais autonomia.
Para tornar a experiência do cliente mais agradável, é preciso ficar de olho nas preferências. De acordo com o relatório Healthcare 2030 divulgado pela KPMG, existe um grupo relevante de clientes que valorizam a prevenção de doenças futuras por meio de programas voltados para o bem-estar, enquanto outro público se mostra interessado em receber cuidados em casa.
Humanização
A tendência é que os serviços se tornem cada vez mais personalizados com a ajuda da tecnologia. Porém, não é possível deixar de lado a humanização. Quem trabalha com saúde precisa valorizar e entender a importância de se colocar no lugar do paciente e entender pelo o que ele está passando.
A importância desse assunto está clara há bastante tempo. Lá em 2003, o SUS (Sistema Único de Saúde) criou a Política Nacional de Humanização para melhorar as práticas de atenção e gestão.
Mesmo com a chegada da tecnologia, a humanização deve seguir sendo um tema importante. Por isso, aplicativos e sistemas devem se preocupar com customização de acordo com as necessidades dos pacientes.
Falando em tecnologia…
Segundo a consultoria Deloitte, até 2021 o gasto com saúde digital deve atingir US$ 280,25 bilhões. Esse investimento faz bastante sentido, já que empresas de todos os setores precisam entrar de uma vez por todas na transformação digital.
Já citamos esse conceito nesse texto, mas é importante deixar claro que transformação digital é muito mais do que simplesmente inserir sistemas tecnológicos dentro das empresas.
É uma mudança que atinge até mesmo a cultura dos colaboradores, que precisam enxergar a importância da tecnologia para a otimização de processos, melhora no atendimento ao cliente, facilidade de comunicação, geração de resultados mais assertivos, entre outros pontos.
Segundo pesquisa feita pela Coleman Parkes Research com empresas que passaram pela transformação digital, nelas, a produtividade dos trabalhadores aumentou 39% e a eficiência operacional em 38%.
3 exemplos de como a tecnologia vem sendo aplicada no setor da saúde
1. Care tech
O investimento em care tech deve crescer entre profissionais do setor. Com o uso de wearables e chips, por exemplo, se tornou mais fácil armazenar informações sobre o comportamento do cliente.
Nos “bastidores”, onde uma série de processos acontecem até a chegada de um medicamento ao consumidor final, sensores também tem colaborado para acompanhar e armazenar informações.
Esse tipo de tecnologia traz novidades muito importantes ao setor, como alertas em tempo real e relatórios assertivos feitos com muito mais agilidade.
Os pacientes também estão de olho em care tech. Segundo a Tractica Research, o uso mundial de tecnologias de cuidado com a saúde entre consumidores deve saltar de 14,3 milhões, em 2014, para 78,5 milhões em 2020.
2. Mobilidade
Já ouviu falar em telemedicina ou atendimento virtual? Essas novas abordagens devem ter cada vez mais força no setor. Atualmente, segundo o relatório Healthcare 2030 da KPMG, esse tipo de medicina tem sido mais utilizado por pessoas ricas das áreas urbanas.
Porém, a ideia é que as novas formas de atender tornem os serviços de saúde mais acessíveis. Pessoas de lugares mais afastados ou até mesmo sem moradia fixa podem passar a ser atendidos à distância.
Mais uma vez, é o sistema de saúde que se adequa ao consumidor, não o contrário. O grande desafio é tornar esses processos totalmente seguros e evitar ataques de hackers e malwares, por exemplo.
3. Redução dos processos manuais
Insistir nos processos manuais tem gerado problemas recorrentes no setor. Perda de documentos importantes, muito tempo gasto para a organização da papelada e erros nos processos de monitoramento de qualidade são alguns exemplos.
Nossa empresa, a Nexxto, fez uma apuração que identificou que 84% dos hospitais brasileiros adotam processos manuais sujeitos a falhas no monitoramento de temperatura.
Por isso, a automação e a digitalização dos processos tem sido, cada vez mais, uma forma de garantir melhores resultados. Como consequência, as instituições precisarão de menos espaço para armazenamento de papéis, profissionais alocados para organização de documentos poderão se dedicar a outras tarefas e custos são reduzidos.
A tecnologia vai muito além!
Esses exemplos são apenas três entre muitos que estão chegando ao setor da saúde. A tecnologia tem feito mudanças tão profundas no setor, que os profissionais interessados em acompanhar todas as tendências precisam buscar por estudos mais completos e relevantes.
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