O executivo Pedro de Godoy Bueno, CEO do Grupo DASA, foi nomeado o Empreendedor do Ano 2021 pela Ernst & Young Global Limited (EY), uma das organizações globais mais importantes do planeta. Em sua trajetória de sucesso, o CEO destacou alguns dos emblemas que mais agregam valor à gestão: humanização, inovação e o uso de tecnologias como Health Analytics.
Além disso, “a DASA tem ferramentas — como a análise de dados — que permitem enxergar o indivíduo no contexto coletivo. Assim, a partir dessas informações, é possível atender às suas necessidades específicas”, explica Ana Elisa, médica especialista do grupo DASA.
Sob essa ótica, a gestão de saúde deve buscar meios de promover o alinhamento entre os recursos disponíveis e seus maiores objetivos. Há, portanto, muitos desafios a serem superados, os quais dependem de uma liderança com a cabeça mais aberta e sensível às mudanças.
Nessa perspectiva, confira a importância da análise de dados para a sustentabilidade no setor de saúde. Ainda, saiba como superar os maiores desafios dessa área cada vez mais competitiva e, assim, utilizar Health Analytics para direcionar as decisões com mais segurança.
Quais são os maiores desafios das lideranças atuais em saúde?
Nos últimos anos, o setor de saúde foi um dos que mais cresceu mundialmente. Isso se deve a uma multiplicidade de fatores. Entre os mais relevantes destacam-se o desenvolvimento de diversos campos da medicina, o impulso tecnológico na área de diagnóstico por imagens, o lançamento de novas drogas, a expansão do acesso e o surgimento de novas doenças.
Contudo, junto a esse crescimento, também vieram novas questões que desafiam a gestão da saúde e, ao mesmo tempo, ajudam a entender o quanto a análise de dados cria um novo campo de trabalho e pode flexibilizar o desenvolvimento de novas soluções.
Tendo isso em vista, listamos alguns desses desafios. Confira!
Ambidestria organizacional
Em vias gerais, esse termo pode ser interpretado de uma forma bem simples. Ou seja, ele possibilita a análise do sucesso das organizações pela sua capacidade em reunir duas competências essenciais à sustentabilidade dos negócios: inovação e eficiência.
Sinteticamente, os gestores devem ter em mente que não basta apenas inovar, mas garantir a eficiência das operações e processos já instituídos. Nesta frente, a análise de dados operacionais de forma estruturada, é uma importante alavanca de desempenho. Desse modo, é necessário que a empresa busque estratégias que contribuam para o equilíbrio das atividades que representem novas formas de criar valor.
Partindo desse pressuposto, a instituição de saúde pode direcionar as decisões de forma mais assertiva e, assim, crescer continuamente. Logo, a adoção dessas medidas reflete diretamente no desenvolvimento da marca, além de agregar mais conhecimento e capacidade aos profissionais.
Gestão humanizada
Na saúde, o conceito de humanização está atrelado a diferentes critérios. Nas maiores organizações, esse modelo de gestão é construído com base em pilares pautados na ética, respeito e atendimento às necessidades mais importantes. Nesse sentido, a humanização se torna parte integrante de um processo dinâmico e contínuo.
Na prática, a gestão humanizada deve englobar desde a alta gestão até os demais colaboradores, parceiros e, na ponta, deve beneficiar os pacientes. Para tanto, é preciso alinhar os objetivos e conscientizar a equipe sobre a importância de adequar responsabilidades individuais em prol da coletividade.
Portanto, a humanização resulta de um trabalho em conjunto, no qual cada integrante da equipe se preocupa em contribuir para o alcance dessa meta. Assim sendo, os gestores devem promover um ambiente favorável à produtividade desejada, mas que esteja em harmonia com a satisfação do time.
Tomada de decisão baseada em dados
Certamente, uma liderança baseada na análise de dados pode ser transformadora. Ou seja, investir nesses recursos abre um gama de possibilidades que podem revolucionar o mercado da saúde em um nível sem precedentes.
Recentemente, uma pesquisa global da McKinsey apresentou estatísticas que reportam claramente a relação entre a análise de dados e o sucesso da gestão. No gráfico que sintetiza esse estudo, você pode conferir o quanto os líderes das empresas esperam que suas atividades analíticas impactem positivamente nas receitas, no crescimento e na eficiência organizacional.
Além do mais, esses executivos fizeram um importante alerta quanto à postura da gestão: eles afirmaram que o envolvimento do líder sênior e uma estrutura organizacional certa são fatores decisivos para o sucesso da empresa. Segundo eles, isso é ainda mais importante do que ferramentas meramente técnicas.
Portanto, é bastante claro o quanto o uso de estratégias como Health Analytics contribui para o crescimento corporativo. Por esse motivo, para as instituições de saúde que têm como missão melhorar a vida das pessoas — e conquistar o reconhecimento no mercado — esse recurso é essencial. Nesse sentido, a análise de dados é um dos diferenciais mais relevantes para impulsionar a marca.
Por que Health Analytics é um diferencial tão relevante para as decisões na saúde?
A cada vez mais, o setor da saúde ultrapassa importantes degraus rumo à transformação digital em todos os seus processos. Via de regra, isso é muito evidente no sucesso de grandes conglomerados de empresas de saúde, como laboratórios, hospitais e clínicas.
Logo, a liderança que já percebeu a relevância da análise de dados para a saúde, certamente está um passo à frente da concorrência. Assim, isso envolve diferentes estratégias, como saber aproveitar as possibilidades que as novas tecnologias representam para o setor.
Em termos de valor agregado, apostar em Health Analytics agiliza os processos, pois permite identificar as falhas que impedem o crescimento dos negócios. Sendo assim, a premissa é simples: quando a análise de dados é bem feita, o gestor consegue perceber se a sua instituição está caminhando na direção certa ou não para a criação de valor para o seu cliente, e para seus acionistas.
Portanto, agora é o tempo de inovar e de acreditar nas possibilidades tecnológicas que podem gerar avanços significativos no trabalho da liderança. A superação dos desafios na gestão da saúde depende dessa inovação, pois permite a adequação das tarefas de rotina às metodologias mais estratégicas.
Na prática, quais são os benefícios mais relevantes?
Certamente, a análise de dados está se tornando uma ferramenta poderosa e extremamente útil na rotina dos profissionais que integram as equipes multidisciplinares em clínicas e hospitais.
Pois ao incorporar técnicas adequadas para mensurar os dados, elas possibilitam novos insights e tomadas de decisões baseadas em fatos da realidade que eram desconhecidos. Assim, o uso de Health Analytics possibilita mais agilidade no diagnóstico, assertividade das decisões médicas e controle de doenças crônicas, endêmicas e epidêmicas.
Nessa perspectiva, listamos mais alguns benefícios que essa prática pode proporcionar a sua instituição. Veja quais são!
Agilidade no atendimento
Ao processar a análise de dados, o gestor pode identificar as causas que mais contribuem para aumentar o tempo de espera dos pacientes. Dessa forma, além de melhorar a qualidade do atendimento, essa agilidade possibilita um olhar mais humanizado em todas as fases dos procedimentos.
Melhoria dos resultados
De modo geral, a análise de dados possibilita o aprofundamento sobre os processos de diversas disciplinas do negócio em saúde. Um exemplo é a identificação dos processos que precisam ser ajustados pelo descobrimento de pontos importantes de gargalo. Nessa situação, a liderança pode fortalecer as práticas que estão adequadas e corrigir as que podem colocar em xeque a estabilidade dos negócios e o fluxo assistencial.
Redução de custos
Em termos de custos, a liderança também pode tomar como base a análise das informações que permitem evitar gastos desnecessários. Inclusive, é possível avaliar a evolução dos quadros clínicos dos pacientes mais graves e, assim, melhorar a assistência para evitar procedimentos mais caros como a internação.
Nesse contexto, o planejamento financeiro — centrado na humanização — é fundamental. Isso porque essa visão amplia, nos espaços corporativos, a necessidade de uma cultura de gestão mais racional de recursos. Logo, esse modelo estrutural otimiza os processos, evita prejuízos e gera economia.
Inovação de processos
Como já descrito, o sucesso de grandes corporações se deve à habilidade da gestão. Todavia, é preciso investir em inovação e capacitar o time para promover o alinhamento necessário à superação das metas mais desafiadoras.
Em uma entrevista, o Presidente da DASA destacou o papel das ferramentas tecnológicas na transformação dos processos da gestão. Segundo ele, a tecnologia mudou e vem mudando, cada vez mais, a velocidade com que os mercados se transformam, crescem e evoluem.
Em relação a esse avanço exponencial, ele destaca: “ser e se manter líder, em um mercado tão veloz e voraz, exige estar à frente do jogo e ser pioneiro. Além disso, é preciso saber liderar a inovação e crescer o nível de excelência na velocidade que a “barra” do mercado cresce também.”
Como o fundador da Nexxto enxerga o futuro do uso de Health Analytics?
Para os próximos anos, a análise de dados em saúde deve se tornar cada vez mais frequente, e é um imperativo para qualquer instituição. À medida que conseguir extrair informação útil para o ganho de eficiência leva tempo, quanto antes começarem as iniciativas de experimentação, melhor.
É importante lembrar que, para começar uma política de análise de dados em saúde é necessário que tenham essa informação digitalizada para que possa ser tratada adequadamente. Há muito o que se fazer para transformar o mundo analógico – amplamente difundido no setor – em processos amparados por tecnologias digitais.
A interoperabilidade dos dados na saúde, um assunto muito falado e que gera muitos debates, deve ganhar força e promover tratamentos mais personalizados com custos reduzidos, dando fluidez e velocidade ao fluxo de atendimento. Essa questão, que já é bem trabalhada por instituições verticalizadas, será alvo das instituições horizontais para que possam competir em qualidade assistencial a partir da colaboração com outros agentes.
No Brasil vivemos uma dramática inflação médica que, na última década, variou entre 2 a 4 vezes a inflação econômica. Veremos iniciativas mais frequentes em todas as frentes para corte de custos desnecessários e investimentos cada vez maiores na digitalização de processos humano-dependentes, focados em produtividade, qualidade assistencial e na segurança do paciente.
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