Metrologia é a ciência que trabalha com a assertividade na medição, independentemente de qual seja o segmento analisado. No setor da saúde, por exemplo, podemos citar os ajustes ideias nos equipamentos de diagnóstico, nas condições ideais de conservação de medicamentos ou mesmo na dosagem correta de substâncias para a produção laboratorial de remédios no geral e até mesmo na aplicação de anestesia.
A insulina, mesmo, permanece armazenada a uma temperatura controlada, já que a sua eficácia é prejudicada em ambientes muito frios ou muito quentes. Imagine os problemas que isso traz aos pacientes e também às clínicas, laboratórios e hospitais, entre outras empresas do ramo da saúde.
Qualquer decisão no cuidado do paciente, hoje em dia, pode passar por um instrumento ou dosagem que teve a aplicação da metrologia em seu processo de fabricação, distribuição e/ou armazenamento.
O que significa a metrologia?
De maneira ampla, a definição científica da metrologia corresponde tanto à adequação de padrões e unidades de medida, para cada situação, quanto ao desenvolvimento de novas metodologias para garantir resultados assertivos e precisos — normalmente, segundo regulamentações ou leis em âmbito nacional e internacional.
É interessante observar, inclusive, que a conformidade com esses parâmetros permite uma atenção maior e qualitativa em todas as áreas da sociedade. Engenheiros e arquitetos consideram inúmeros fatores pré-definidos para idealizar e executar construções primordialmente seguras.
O mesmo vale na saúde, como discutimos na introdução deste artigo, expondo alguns exemplos de pontos de atenção que os profissionais do setor não devem descuidar para garantir um diagnóstico e tratamento eficientes.
Como surgiu a metrologia e qual é a sua relevância na saúde?
O termo remonta às palavras “metron” e “logos”, de origem grega, que significa o estudo da medida. Alguns padrões foram criados, inicialmente, como um meio necessário para quantificar e fazer a medição padronizada.
A área que lida com essa ampla análise é a engenharia clínica, que compreende o estudo teórico e prático da medição em três frentes: científica, industrial e legal. Na medicina moderna, não faltam evidências da importância da metrologia na saúde, por exemplo:
- medir a temperatura de pacientes;
- monitorar o peso corporal ideal ou mesmo a quantidade de gordura no corpo;
- para aferir a pressão;
- acompanhar os níveis de saturação de oxigênio no sangue.
Não ter os números ideais quantificados com a metrologia coloca em risco o paciente e literalmente mantém o trabalho dos profissionais de saúde às cegas.
O mesmo podemos dizer com os calibres e ajustes padronizados em equipamentos médicos, como ressonâncias, máquinas de raio-X e aparelhos de tomografia, entre tantos outros.
O que reforça, também, a aplicação das frentes citadas no tópico anterior para garantir uma padronização que seja indiscutivelmente segura para os pacientes conforme informações compartilhadas (como faixa etária).
No mais, é seguro dizer que todas as áreas da medicina usam medidas padrão para garantir um atendimento, diagnóstico e tratamento cada vez mais precisos — isso vai desde a indústria farmacêutica aos hospitais, bancos de sangue, clínicas de vacinação e laboratórios.
Quais são os impactos da metrologia na saúde?
Quando bem aplicada, a metrologia favorece uma medição precisa que garante confiabilidade em resultados laboratoriais, na eficácia de instrumentos e equipamentos e também no cuidado do paciente.
Isso vale, inclusive, para questões cotidianas. Por exemplo: a dosagem correta de determinado medicamento contra dores de cabeça.
Se uma indústria farmacêutica errar na dosagem de um lote inteiro desse tipo de remédio, é até difícil mensurar os problemas consequentes disso.
Daí, o impacto positivo em ter a metrologia presente na medição de detalhes e grandes coisas que influenciam cada decisão tomada pelos profissionais de saúde.
Outro exemplo: por meio dos níveis padronizados de pressão arterial, profissionais conseguem identificar, sem sombras de dúvidas, fatores determinantes para a ocorrência de doenças cardiovasculares e também coronárias.
Um dos instrumentos usados para a medição desses níveis é o esfigmomanômetro mecânico. No Brasil, sua regulamentação metrológica passa pelo aval do INMETRO.
Para se ter uma ideia da relevância disso: um estudo realizado na Austrália apontou que, ao negligenciar os números ideais usados neste instrumento, quatro em cinco diagnósticos de hipertensão foram equivocados. São 80% do total.
Quais são os instrumentos que mais dependem da metrologia?
O exemplo anteriormente citado é apesar de único, já revela a importância da medição segundo padrões nacionais e internacionais.
No caso de instrumentos usados na medicina, a metrologia trabalha de duas maneiras distintas: no momento de sua distribuição para as instituições de saúde; e nas ocasionais e necessárias manutenções dos equipamentos.
Além disso, são variados os parâmetros e as condições às quais esses produtos são avaliados e mantidos. Veja, a seguir, alguns deles:
- temperatura, que serve tanto para a medição de dados ideais para o corpo humano quanto para a conservação de produtos em salas controladas e também a esterilização de materiais;
- caudal, que tem a ver com a introdução de medicamentos na corrente sanguínea;
- pressão — sistólica e diastólica —, que está associada a fatores distintos com medições invasivas e não invasivas;
- potencial elétrico, um tipo de energia que pode ser visto na medição de sinais cardíacos, por exemplo, e em exames eletromiográficos e eletroencefalográficos;
- radiação, tão presente em técnicas da medicina diagnóstica quanto no tratamento de pacientes.
Tecnologias de automação estão mais presentes na tecnologia, e têm contribuído ativamente para tornar a atividade metrológica mais eficiente. Por meio delas, é possível manter uma sala de temperatura controlada em constante monitoramento com base nos valores ideais programados nessas soluções.
Como resultado, as instituições e os profissionais da saúde podem assegurar menos riscos clínicos, otimizar o processo de manutenção dos equipamentos (e agregar economia nesse aspecto, também) e gerar uma experiência mais positiva e segura para os pacientes.
Para auxiliar isso tudo, ainda existem normas que oferecem mais confiabilidade às empresas. Uma delas é a ISO 17025, que foca na calibração de equipamentos com base em parâmetros internacionais.
Instituições amparadas pelas suas boas práticas adquirem mais confiança do mercado, além de garantir precisão nos diagnósticos e tratamentos realizados.
O que pode-se apontar como tendência em metrologia na saúde?
Com soluções já aplicadas no dia a dia, podemos encontrar uma série de maneiras em que a metrologia tem sido monitorada e constantemente medida para garantir eficácia aos processos na saúde e nos cuidados ao paciente.
A medição remota da pressão sanguínea é um excelente exemplo disso, com soluções integradas que permitem aos profissionais de saúde o acompanhamento dos seus pacientes sem que eles tenham que se deslocar para um atendimento presencial.
A Internet das Coisas (ou IoT, do inglês Internet of Things) é outro exemplo. É possível controlar à distância todo tipo de equipamento e parâmetros ideais.
As salas de controle de temperatura podem ser mantidas dessa maneira — em especial, com softwares que tornam o trabalho dos especialistas em saúde mais prático, eficiente e automatizado.
A Nexxto é um bom exemplo disso. Fornecemos uma solução que favorece o seu trabalho no dia-a-dia. Te possibilitando monitorar os dados de temperatura e umidade de equipamentos e ambientes.
Através de sensores calibrados, garantimos que a medição ocorrerá de forma automática e correta. Além disso, qualquer desvio dos parâmetros ideais dos seus produtos irá te gerar um alerta, o que agiliza a sua tomada de decisão para contornar eventuais problemas.
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