Publicado em 1 abril 2021 | Atualizado em 5 abril 2021

O setor de saúde lida diariamente com um grande volume de informações, que geram dados altamente sensíveis. Nesse sentido, muitos órgãos e instituições vêm adotando tecnologias que permitem maior segurança de dados, como a cloud computing.

Um exemplo bastante prático disso é o Conecte SUS, programa desenvolvido pelo Governo Federal para digitalização das informações da rede pública de saúde, que passaram a ser disponibilizadas através da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

Desde abril de 2020, o Ministério da Saúde firmou contrato com a Embratel para migração de dados para a nuvem, ampliando o acesso da população e facilitando o uso de diversos serviços. Contudo, para preservar a segurança das informações, o tráfego é realizado por meio de uma tecnologia de criptografia conhecida como blockchain.

E por que esse nível de segurança é necessário? A explicação está no volume de acesso e na quantidade de informações privadas, que tendem a tornar a rede mais vulnerável. Portanto, à medida que milhões de pessoas podem obter acesso ao mesmo tempo, através de dispositivos variados, o blockchain é capaz de apoiar esse processo com maior eficiência.

Isso porque esta criptografia funciona através de um registro online incorruptível de diversos tipos de transações. Além disso, pode ser programado apenas por meio da validação de todas as partes envolvidas, ou seja, diferentes computadores.

Cloud computing, por sua vez, funciona como uma arquitetura de banco de dados, onde estes podem ser acessados nos dispositivos de todas as partes autorizadas.

Entenda melhor de que forma a computação em nuvem otimiza a segurança de dados em saúde!

Segurança de dados e os benefícios da Cloud Computing

Para as instituições de saúde, adotar a cloud computing traz diversos benefícios na execução de tarefas, otimizando processos e, claro, conferindo maior segurança de dados. Primeiramente, podemos citar como exemplo o acesso limitado de pessoas a determinada informação.

Além disso, os provedores de armazenamento em nuvem utilizam metodologias capazes de fornecer uma blindagem de alto nível. Isso permite que os dados sejam replicados em diferentes ambientes online, evitando uma possível perda de informações.

Seguindo essa premissa, a computação em nuvem no setor de saúde tem crescido rapidamente. Atualmente, seu valor de mercado global está estimado em quase US$ 10 bilhões, podendo chegar a US$ 45 bilhões até 2023. De acordo com um relatório da Black Book Market Research, houve uma adoção da cloud computing em 74% do mercado de saúde em 2019.

Benefícios da nuvem para o setor de saúde

Na prática, os benefícios dessa tecnologia abrangem uma série de recursos, melhorando o desempenho da gestão em saúde, tais como:

  • Escalabilidade: a cloud computing permite dimensionar recursos de acordo com a necessidade de armazenamento. Isso traz uma dinâmica e escalabilidade maior, sobretudo quando a quantidade de dispositivos médicos baseado em IoT tende a aumentar significativamente o volume de dados manipulados;
  • Capacidade: a capacidade de armazenamento de dados na nuvem pode ser equivalente aos supercomputadores, porém com custos muito menores;
  • Colaboração e interoperabilidade: a transmissão e o acesso aos dados pode ampliar a participação colaborativa entre instituições de saúde, universidades e pesquisadores, tornando os estudos mais oportunos e as avaliações mais eficazes. Além disso, a interoperabilidade é facilitada, o que promove um atendimento mais personalizado ao paciente;
  • Confiabilidade: a perda de dados tende a ser mínima, uma vez que os ambientes são redundantes. Ou seja, se um local falhar, outro toma seu lugar, evitando a interrupção dos serviços e aumentando a confiabilidade do armazenamento;
  • Tecnologia atualizada: o investimento constante em tecnologia por parte dos provedores faz com que se mantenham mais competitivos. Para as empresas do setor de saúde, isso significa investir recursos de forma estratégica e financeiramente viável, utilizando novas tecnologias;
  • Agilidade em acesso e pesquisa: a computação em nuvem permite a análise de grandes quantidades de dados utilizando recursos de computação que entregam resultados de pesquisa mais rápidos;
  • Segurança e conformidade: cloud computing está intimamente ligada à segurança de dados, uma vez que os maiores provedores investem massivamente na proteção das redes, mais do que qualquer empresa é capaz de fazer sozinha. Ainda que as instituições de saúde devam utilizar recursos adicionais de segurança e conformidade para atender às normas HIPAA.

Exemplos do uso da computação em nuvem na saúde

Existem no mercado diversos exemplos do quão importante é a adoção da cloud computing na área da saúde. Podemos citar o provedor de soluções de troca de informações e integração de saúde Orion Health, que usou a nuvem para escalar sua plataforma, e agora é capaz de lidar com milhões de registros de pacientes.

Para a indústria multinacional 3M, a nuvem serve para o provisionamento de recursos de computação com mais rapidez, de modo que a implantação de softwares e análise de custos, qualidade e resultados para pacientes e população em geral se torna mais ágil e eficiente.

Enquanto isso, a farmacêutica global Allergan é capaz de operar a demanda de 400 sites de produtos e aplicativos de marketing através da cloud computing, ampliando sua competitividade no mercado.

A partir de apenas alguns exemplos, é possível demonstrar o valor que a nuvem agrega aos serviços de saúde, em vários setores e atividades específicas. Partido da premissa de que essa tecnologia é capaz de oferecer a segurança de dados necessária para que empresas de grande porte apostem nos processos baseados nessa tecnologia.

Relação entre cloud computing e LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que passa a vigorar efetivamente a partir de maio deste ano, afeta diretamente o setor de saúde. Entre suas diretrizes, está o controle total dos pacientes sobre seus dados pessoais, possibilitando a atualização, movimentação ou mesmo para eliminá-los com mais facilidade. Dessa forma, o processo em nuvem traz mais agilidade e eficiência a essa gestão compartilhada.

Contudo, existe um fator ainda mais importante, que é a privacidade. Empresas de todas as áreas devem se adequar aos requisitos da LGPD e evitar as sanções previstas. Sobretudo para as instituições de saúde, o uso de cloud computing significa maior atenção à segurança de dados dos pacientes, mas também de fornecedores e demais envolvidos na prestação de serviços.

Soluções em nuvem: máxima eficiência para as instituições

Contar com soluções 100% digitais e disponíveis na nuvem é cada vez mais necessário para os serviços de saúde. Não apenas pela garantia na segurança de dados, mas especialmente porque a capacidade de processamento de informações é maior. Assim, a disponibilidade de acesso remoto otimiza os processos e gera maior eficiência.

No caso do monitoramento de temperatura de medicamentos e vacinas, por exemplo, a cloud computing permite acompanhar dados em tempo real. Evitando prejuízos com a perda de insumos. Entre outras vantagens, o auxílio em processos de auditorias e emissão de relatórios são pontos-chaves.

Portanto, à medida que o setor de saúde se torna mais digital, sua capacidade de processar informações precisa ser acelerada. Em vez de rastrear os dados do paciente em lote, as organizações estão cada vez mais monitorando os pacientes em tempo real para que possam realizar intervenções mais rapidamente.

Dessa maneira, além de melhorar os resultados do tratamento e tornar o gerenciamento dos cuidados médicos mais avançado, a computação em nuvem também pode ajudar a reduzir o custo geral das internações.

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Redação Nexxto

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