Publicado em 25 fevereiro 2021 | Atualizado em 22 junho 2021

A Indústria 5.0 — e sua consequente aplicação no setor de saúde — pode causar estranhamento em quem estiver lendo. Afinal de contas, não faz muito tempo que definiram os pilares da indústria 4.0 com enfoque no Big Data, na integração de tecnologias e nos primeiros passos dados com a inteligência artificial na área de manufatura. Mas já existe a necessária discussão a respeito do elemento humano nessa equação. E é aí que reside o sucesso da próxima revolução industrial.

Não se trata de tecnologias ainda mais disruptivas. Inclusive, as soluções acima citadas são algumas das principais soluções de ponta atualmente. Daí, a percepção de que o futuro já possui caminhos pavimentados que apontam a forte integração de tecnologias com a mão de obra qualificada. E o setor de saúde não é exceção.

O percurso de evolução da indústria

Na trajetória do tempo, tivemos quatro revoluções industriais — isso tudo, em um espaço iniciado em meados do século 18. A primeira delas ocorreu em 1760, quando o carvão e o ferro fundido passaram a ser usados em grandes obras da humanidade.

No século seguinte, o uso de combustíveis (à base de petróleo) e a energia elétrica, somados à produção em massa de itens, resultaram na certeza de que a segunda revolução industrial tinha início.

Pulando algumas décadas, no tempo, chegamos à revolução tecnológica (ou terceira revolução industrial). Nela, a internet se tornou a principal ferramenta capaz de moldar a sociedade e as estruturas produtivas, como o setor da saúde.

E se a internet foi tão importante assim, em meados da década de 1990, o termo indústria 4.0 começou a ser usado já na virada do século. Foi o aspecto da integração de novas tecnologias, o uso da inteligência artificial, dos dados como fonte de nutrição para novas soluções e também no relacionamento com o cliente e até mesmo na robotização de tratamentos, medicamentos e procedimentos médicos.

O que nos traz ao presente momento com um olhar já no futuro imediato: a indústria 5.0.

Nela, o que mais tem de distinto com a revolução anterior é uma integração maior entre as tecnologias digitais (e a automatização) com o elemento humano. Afinal, podemos unir o melhor de ambos: a precisão, velocidade e automação das novas soluções com o nosso pensamento cognitivo, analítico e crítico.

Quais são as características da indústria 5.0?

Ainda especulativa, essa revolução industrial (que também vai impactar o setor da saúde, como veremos adiante) está promovendo a ideia de que pessoas, e não as tecnologias, moldam a manufatura.

Isso tem colocado a humanidade no protagonismo da questão produtiva, mais uma vez. A indústria 4.0 sugeriu um peso tão grande na automatização, que até mesmo o bilionário Elon Musk (dono da Tesla) disse que a redução drástica do elemento humano na manufatura de suas indústrias foi um equívoco.

Faz sentido, então, considerarmos que a grande característica da indústria 5.0 — independentemente do setor — é a integração do digital e o físico.
Há, ainda, um sinal interessante que reforça esse caminho. Pesquisa conduzida pela consultoria Accenture aponta que 85% dos executivos entrevistados consideram a produção colaborativa entre humanos e robôs como primordial para as suas fábricas.

O impacto para o setor de saúde

A integração entre máquinas e a mão de obra humana irá permanecer. Tecnologias vão dar o necessário suporte para um trabalho mais humano, personalizado e capaz de gerar experiências positivas.

Percebe o quanto isso se aplica às grandes tendências do setor da saúde, atualmente?

Quer dizer, os avanços na ciência não foram interrompidos e, tampouco, a importância do elemento humano nessa equação — seja em diagnósticos, no tratamento e no monitoramento de pacientes. Por isso, vamos ver o melhor de ambos os mundos em sinergia.

Se, atualmente, estamos vivendo a saúde 4.0 atrelada à quarta revolução industrial, a saúde 5.0 também vai despontar no futuro próximo, cujo foco é a experiência dos seus pacientes.

Já falamos por aqui da telemedicina, por exemplo, e também do monitoramento remoto de pacientes. Ambas soluções enriquecem o tratamento médico e o torna mais acessível em diferentes partes do mundo. Especialmente, em áreas com baixa ou nenhuma infraestrutura.

O resultado disso se torna evidente em curto prazo. Agilidade, precisão e menos incômodos e imprevistos (como longas esperas para um atendimento presencial) para realizar uma consulta médica.

Outro caso emblemático é o uso de assistentes virtuais — como a Alexa, da Amazon — para atuar como uma espécie de enfermeira, monitorando condições ideais de saúde dos pacientes e, até mesmo, lembrando-os do horário para tomar seus medicamentos.

Quais tecnologias estarão presentes na indústria 5.0?

No setor da saúde, podemos imaginar um pouco mais daquilo que já vem sendo praticado, atualmente, mas de maneira ainda mais profunda e focada em uma boa experiência para os pacientes.

A seguir, algumas das soluções que mais podem (e já fazem) parte da evolução da medicina rumo à mais uma grande revolução:

  • Internet das Coisas (IoT), que é mais um grande exemplo de integração da internet com o elemento humano. Por meio da inteligência artificial e de conceitos como o machine learning, esse tipo de tecnologia pode ser usado como explicado, anteriormente, as soluções de assistentes virtuais na medicina;
  • Controle de acesso sem toque é outro recurso interessante e presente na indústria 5.0, que permite controles e monitoramentos à distância. A aferição de temperatura é um bom exemplo disso;
  • Analytics é outro tipo de tecnologia e conhecimento científico que vai ganhar espaço na área da saúde. Tudo porque os dados gerados podem ser compilados para oferecerem uma resposta mais precisa, ágil e assertiva da comunidade médica.

O caminho para a indústria 5.0 já está sendo construído. E, hoje em dia, conseguimos prever para onde o mercado está se orientando em curto e médio prazo.

Como a saúde 5.0 lida com as revoluções anteriores?

Ainda falando especificamente no setor de saúde, podemos enxergar mudanças significativas. Principalmente no comparativo entre o que prega a nova revolução industrial e o caminho que a saúde 5.0 tem construído.

Por exemplo: a ideia de obter um aumento substancial na taxa de sobrevivência dos pacientes vai sendo substituída pela redução nos casos de admissões em hospitais e prontos-socorros.

Isso pode ser conquistado por meio de orientações focadas na melhora da qualidade de vida da sociedade. Um posicionamento que também vai afetar o mindset dos profissionais mais preocupados com a cadeia produtiva do setor. Especialmente porque se a ideia é reduzir a necessidade de internações, todo o fluxo do setor de saúde vai ser transformado igualmente.

Como destacamos anteriormente, a personalização na experiência do paciente é o diferencial dessa revolução.

E se você tem interesse em saber mais a respeito do assunto, especificamente na área da saúde, aproveite para dar uma lida em outro artigo nosso, que explica um pouco mais sobre o impacto do uso da inteligência artificial na saúde!

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Redação Nexxto

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