Publicado em 18 maio 2021 | Atualizado em 25 maio 2021

O fast track é um recurso que facilita a rotina hospitalar, principalmente quanto ao manejo da capacidade de reduzir o tempo de permanência dos pacientes na emergência. Assim, apostar nessa estratégia simboliza mais chances de superar alguns dos maiores desafios da gestão, que é otimizar o atendimento no pronto-socorro e promover a rápida liberação do paciente.

No início da pandemia de COVID-19, o Ministério da Saúde (MS) implementou mudanças nos protocolos sanitários das unidades de saúde. Com essa proposta, a instituição objetiva estimular a adesão ao fast track — e garantir uma triagem mais rápida e eficiente. Assim, o uso dessa metodologia possibilita a adequação do espaço às necessidades da demanda e a manutenção das medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

Nesse contexto, vamos abordar os principais benefícios e as particularidades do fast track. Conheça as razões que justificam a adoção dessa prática para agilizar o fluxo de pacientes no setor de emergência dos hospitais.

Desafios do fluxo de paciente dentro da emergência

O termo “fast track” vem do inglês e pode ser traduzido por “rastreamento rápido”. Por meio dessa prática, você pode agilizar a execução de tarefas, e de forma estratégica, administrar o fluxo de pacientes de acordo com os recursos e profissionais disponíveis no setor.

Logo, tendo em vista os desafios enfrentados na rotina de um pronto socorro, é necessário que a gestão implemente ações que permitam a realização de atividades em paralelo a fim de otimizar o fluxo de pacientes. Por isso, o ideal é que tais medidas sejam centradas na humanização do atendimento, mas aplicadas em consonância com a filosofia geral do hospital.

Sob essa ótica, o uso do fast track possibilita a oferta de uma assistência completa ao paciente que chega ao departamento de emergência. Geralmente, os profissionais já enfrentam os primeiros desafios na recepção do hospital — pacientes em estado gravíssimo e que exigem assistência imediata e disponibilidade de leitos para internação.

Nesse caso, procure implantar as técnicas dessa metodologia e veja como elas flexibilizam soluções mais rápidas e eficazes para a superação dos desafios do setor. Ademais, alguns aspectos são primordiais para atender o paciente prontamente e o encaminhar aos procedimentos necessários. Entre eles, destacam-se organização, competência e proatividade das equipes.

Portanto, tais critérios são cruciais para o sucesso na implantação desse modelo de atendimento, cujo propósito é melhorar a qualidade do atendimento e reduzir o fluxo de pacientes. Além disso, a metodologia fast track também contribui para alcançar os objetivos mais nobres de quem convive com os desafios da emergência médica: aliviar a dor, amenizar o sofrimento e proteger a vida.

O fast track e sua aplicação no departamento de emergência

Listamos alguns benefícios do fast track para padronizar a assistência ao paciente nos procedimentos de emergência. Observe!

Mais eficiência e agilidade

O setor de emergência de um hospital — que investe no método fast track — garante um atendimento diferenciado e com muito mais eficiência e agilidade. Logo, tal prática tem sido tema de discussão recorrente quando se trata de alternativas para dinamizar o atendimento e reduzir as taxas de óbitos do setor. E isso, em caráter global.

No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou um guia que aponta os benefícios do fast track nos atendimentos emergenciais. Além disso, o material destaca a importância de estratificar os riscos e de prover um acolhimento humanizado aos pacientes que procuram os serviços de urgência e emergência.

Rapidez nas tomadas de decisão

No pronto socorro, a aplicação desta estratégia possibilita uma melhor avaliação diagnóstica e tomadas de decisão mais rápidas na identificação dos casos graves. Portanto, tal manejo é fundamental para a qualidade da assistência ao paciente em risco de morte, pois reduz as chances de evolução para quadros mais complicados ou de difícil reversão.

Somado a isso, as vantagens do fast track também contemplam pacientes com lesões menores e que, normalmente, enfrentam uma longa fila de espera. Nesse método, tanto os casos graves como os mais simples podem ser tratados mais rapidamente. Por conseguinte, promove-se a redução do tempo de permanência dos pacientes no hospital.

Maior integração das equipes

Todavia, o sucesso desta prática exige maior integração das equipes multidisciplinares e uma reavaliação da infraestrutura do departamento de emergência. Nessa perspectiva, a atenção a esses detalhes faz toda a diferença. Pois permite que a instituição coordene o fluxo de pacientes e eleve o nível de excelência no pronto socorro.

O método fast track requer maior engajamento entre os profissionais, principalmente nos horários de maior fluxo de pacientes, que geralmente é à noite ou nos fins de semana. Geralmente, a equipe é formada por técnicos — que dão assistência aos médicos — e enfermeiros práticos licenciados. Sob supervisão médica, esses profissionais podem cuidar dos casos menos complexos como amigdalites, lesões nos olhos, alergias e emergências ortopédicas.

Logo, para agilizar o atendimento — e torná-lo mais eficiente — é necessário disponibilizar uma triagem rápida, um bom suporte de diagnóstico, exames laboratoriais e de imagem, e se necessário, a internação. Oferecer tais recursos na emergência é crucial para fechar toda a cadeia de atendimento da proposta do fast track.

Medidas de monitoração

Certamente, a reorganização do espaço e a construção de fluxos prioritários de atendimento são essenciais à adaptação das medidas de monitoração da logística fast track. Igualmente relevante é a capacitação e o desenvolvimento das habilidades técnicas dos profissionais. Isso possibilita prepará-los para prestar uma assistência simultânea e mais qualificada.

Porém, esse processo é dinâmico e não admite falhas ou retrabalho em nenhuma das etapas. Assim, desde a abordagem inicial até o direcionamento ao serviço necessário deve-se prezar pela qualidade e eficiência. Além do mais, isso exige capacidade de análise de cada situação e percepção das necessidades e expectativas dos pacientes.

Logo, é preciso entender a relevância de promover a adequação às especificidades do fast track e analisar como tal prática pode gerar impactos benéficos e mais significativos para a unidade hospitalar. Assim sendo, a implantação desse modelo pressupõe mudanças humanizadas e contextualizadas no que se refere ao controle do fluxo de pacientes.

Mas, na prática, como funciona o fast track? Quais são os principais atalhos a serem percorridos? Como atingir esse padrão de qualidade e superar as metas mais desafiadoras da rotina do departamento de emergência?

Como você percebeu, é possível atingir esse patamar em sua instituição. Entretanto, para prover atendimentos simultâneos no padrão de excelência necessário à redução do fluxo de pacientes na emergência, algumas etapas são primordiais. Elas estão subdivididas em 3 passos elementares. Veja quais são!

1. Triagem e aferição dos sinais vitais

Primeiramente, o paciente passa pela recepção, preenche a ficha e relata a emergência. Em seguida, ele é encaminhado para um consultório de enfermagem para uma anamnese básica. Nesta primeira etapa, o profissional faz a checagem dos sinais vitais, avalia o histórico de doenças crônicas e identifica o tipo de atendimento necessário.

2. Atendimento médico

Quando o enfermeiro finaliza essa primeira abordagem, o médico já está pronto para atender o paciente no mesmo consultório. Desse modo, é possível evitar que o paciente fique circulando na área, principalmente nos casos de dificuldade de locomoção ou de doenças infectocontagiosas.

Nesse tipo de assistência, as etapas de atendimento ocorrem simultaneamente em várias salas. Porém, são os profissionais que circulam, não os pacientes. Enquanto em um dos consultórios o médico atende quem já passou pela enfermagem, em outra sala, o enfermeiro faz o primeiro atendimento do próximo paciente a ser atendido pelo médico.

3. Disponibilidade de leitos

Na terceira etapa, o médico envia o paciente para a medicação, solicita exames e pode encaminhar para a internação, de acordo com a disponibilidade de leitos. O manejo da gestão de leitos é importantíssimo, pois torna a assistência emergencial mais dinâmica, eficaz e humanizada.

No atual cenário de crise na saúde, adotar o fast track para otimizar o fluxo de pacientes é imprescindível para evitar a superlotação no setor. Além disso, essa metodologia evita a ocupação de leitos na admissão de pacientes que poderiam ser monitorados na enfermaria, por exemplo.

Logo, o uso do fast track sinaliza soluções rápidas, práticas e ajuda a minimizar os impactos da rotina hospitalar. Com ou sem pandemia, a habilidade para gerenciar as vagas de leitos na emergência é crucial nos momentos decisivos. Às vezes, um direcionamento no pronto socorro determina o limiar entre salvar ou perder uma vida.

Aplicação na pandemia

Nos últimos meses, em razão dos impactos da pandemia do novo coronavírus, o MS e a ANS estipularam novas regras para os diferentes serviços médicos ambulatoriais e de internação. Tanto na atenção primária como nos procedimentos mais invasivos, a orientação é priorizar medidas que estejam em consonância com os protocolos clínicos e sanitários.

Mais uma vez, a opção pelo método fast track é considerada a melhor alternativa para minimizar os impactos negativos relacionados ao cenário pandêmico. Por si só, o ambiente hospitalar já oferece riscos potenciais, o que requer maior conscientização dos gestores quanto à adaptação dos espaços e dos serviços oferecidos.

Mediante isso, a adequação a um modelo de assistência que preconize uma triagem mais rápida é crucial para avaliar os riscos e adotar as condutas mais indicadas ao estado clínico de cada paciente. Além do mais, o limite de circulação de pessoas no pronto socorro também deve ser conforme as normas sanitárias.

Nesse contexto, pode-se inferir que um dos objetivos estratégicos do fast track está relacionado às medidas de prevenção. Quanto menos tempo na emergência, menos chance de contágio e de propagação de patógenos de natureza diversa. Logo, a adesão a essa metodologia simboliza mais proteção à saúde, inclusive para os profissionais constantemente expostos a esses riscos.

Gostou de conhecer o método fast track? Que tal entender um pouco mais sobre os desafios exigidos no controle de infecção hospitalar?

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Redação Nexxto

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