Publicado em 23 novembro 2021 | Atualizado em 20 setembro 2021

Conhecidos pela sigla PREMs e PROMs que, respectivamente, significam Mecanismos de Medição da Experiência Relatada pelo Paciente e Desfechos Medidos pelo Paciente, esses mecanismos são fundamentais para a construção de valor na saúde. Em tese, esses termos estão atrelados aos princípios de qualidade na assistência, pois permitem mensurar o nível de satisfação dos pacientes com os serviços.

Sob essa ótica, é necessário ressaltar que o diferencial de uma instituição de saúde não é medido apenas pela efetividade do tratamento. De modo dinâmico, a capacidade que a empresa demonstra para alcançar as expectativas pré, durante e após a assistência também são essenciais a esse processo.

Essencialmente, o uso de tais recursos para avaliar a experiência do paciente possibilita identificar as falhas e direcionar importantes decisões. Aliada à tecnologia, os PREMs e PROMs ajudam a gestão na identificação de pontos de melhoria. Entre outros benefícios, tais fatores contribuem para fidelizar o paciente e aumentar a credibilidade e a sustentabilidade das instituições de saúde.

O que são os PREMs e PROMs e para que servem?

Primeiramente, é necessário ressaltar que a gestão hospitalar deve estar aberta às inovações e recursos que possibilitam o crescimento da organização. Nesse sentido, priorizar o uso de alternativas que permitam a avaliação do nível de satisfação dos pacientes com a instituição é crucial à sustentabilidade.

Dentro deste contexto, também é preciso saber o que é PREMs e PROMs e o quanto esses recursos favorecem o alcance dos principais objetivos. Confira!

PREMs

Em síntese, os PREMs podem ser classificados na linha de procedimentos relacionais ou funcionais. Se por um lado, os PREMs relacionais ajudam a identificar a experiência dos pacientes durante o tratamento, os PREMs funcionais são meios para examinar questões mais práticas e estruturais, como as instalações e equipamentos hospitalares.

Mediante isso, os PREMs consideram as percepções dos pacientes sobre seu estado de saúde e suas experiências no atendimento. Assim, a utilização desses relatos são primordiais para manter o foco nas necessidades do paciente e melhorar a excelência do atendimento.

Quanto à elaboração dos questionários, os principais pontos de abordagem são:

  • nível de satisfação com a infraestrutura oferecida;
  • tempo de atendimento e nível de atenção recebido;
  • facilidade de acesso e localização da instituição;
  • grau de satisfação com a eficiência dos equipamentos;
  • nível de satisfação com o atendimento em geral.

PROMs

Por sua vez, os PROMs são questionários padronizados e que devem ser preenchidos pelos pacientes para verificar a opinião deles sobre o seu estado de saúde. Alguns pontos importantes estão relacionados à percepção do próprio paciente quanto ao nível de limitação ou incapacidade gerada pela doença.

A partir desses dados, a instituição pode melhorar a eficácia da intervenção clínica e focar em questões baseadas na perspectiva dos pacientes. Para tanto, a aplicação dos questionários é realizada com pacientes no pré e pós-operatório. Essa tática possibilita a comparação dos resultados obtidos pré e pós-procedimento.

Portanto o uso dessa metodologia de qualificação da experiência e dos desfechos do paciente reforçam a necessidade de compreender a relevância desses dados para agregar valor à marca. Logo, centrar em medidas específicas e mais humanizadas ajudam a efetivar mudanças para elevar a qualidade nos serviços institucionalizados.

Quanto aos aspectos a serem investigados pelos questionários PROMs, destacam-se:

  • pesquisa de satisfação em relação a todas as etapas de atendimento;
  • projetos de melhoria de qualidade dos serviços;
  • avaliação de desempenho clínico;
  • nível de satisfação com o procedimento realizado na instituição.

Por que é tão importante medir a experiência do paciente?

No atendimento à saúde, a coleta de fontes diferentes de dados auxiliam a gestão em diferentes contextos, pois geram uma grande variedade de informações. No entanto, esses dados precisam ser organizados e analisados para que possam servir de apoio para tomadas de decisão.

Independentemente do tamanho da organização, as equipes do front precisam ter uma base que as direcionem para a escolha de condutas mais adequadas à expectativa de cada paciente. Sendo assim, a utilização de ferramentas que mensuram a experiência do paciente torna-se de grande valia para minimizar as falhas recorrentes e promover soluções mais eficazes.

Nessa perspectiva, o PREMs e o PROMs podem ser vistos como importantes estratégias para a identificação dos gargalos que colocam em xeque a qualidade dos serviços oferecidos pela unidade hospitalar. Por meio desses parâmetros de análise, é possível avaliar o feedback dos pacientes e promover o engajamento das equipes para melhorar a atenção a esses pontos e minimizar os erros que impedem de alcançar as metas mais importantes.

Contudo, para obter resultados satisfatórios, convém ter alguns cuidados na aplicação desses recursos. Ou seja, é necessário avaliar os pontos mais relevantes na hora de elaborar os questionários para que as perguntas sejam realmente centradas nos pontos-chave que se pretende avaliar.

Como relacionar PREMs, PROMs e Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)?

No Brasil, o PEP foi implementado em 2002 e seu uso possibilita vantagens significativas para otimizar a rotina e propor soluções com base nas exigências da demanda. Logo, esse recurso contribui para o aprimoramento dos processos de tomada de decisão e também eleva o nível de segurança dos dados do paciente.

Dessa maneira, quando os dados obtidos pelo PREMs e PROMs são integrados ao prontuário eletrônico, a questão consegue identificar os pontos de melhoria com mais facilidade. Assim, ao relacionar esses recursos, é possível perceber o nível de qualidade dos serviços com base nos relatos do paciente.

Portanto, a combinação desses métodos possibilita analisar a experiência do paciente na assistência, desde a marcação da consulta, passando pela estadia no hospital até a alta. Porém, a construção do valor nas instituições de saúde depende, ainda, de uma visão mais ampla e contextualizada quanto à importância de comparar, na prática, os resultados obtidos e flexibilizar soluções.

Logo, ao integrar as informações obtidas pelo PREMs e PROMs com os dados do PEP, a gestão pode analisar a qualidade de vida do indivíduo e sua percepção sobre a saúde. Mais do que isso: permite analisar o que a estadia na instituição representou em termos de melhoria para a saúde dele.

Como o PREMs e PROMs se correlacionam com a sustentabilidade da instituição saúde?

Como você já percebeu, a evolução das ferramentas tecnológicas voltadas para a gestão hospitalar evoluiu bastante nos últimos tempos. Em poucos anos, a liderança viu as atividades saltarem dos recursos básicos do computador para a integração total dos dados, informações e processos internos.

Contextualmente, a gestão hospitalar precisa se adequar a essa nova performance, que invadiu os sistemas e operações institucionais. Por isso, é necessário trabalhar alinhado às inovações que surgem e, assim, assegurar a sustentabilidade dos negócios e tornar-se cada vez mais competitivo.

Nessa perspectiva, a integração de recursos como o PREMs e PROMs são essenciais para o sucesso da gestão na saúde. Além de ajudar na percepção dos pontos que mais necessitam de mudança, ainda contribuem para a informatização integral da rotina, aspecto crucial à modernização e ao crescimento constante.

Por fim, vale ressaltar que os PREMs e PROMs contribuem substancialmente para flexibilizar soluções e otimizar todas as etapas do processo de assistência à saúde. Por meio deles, a gestão pode nortear suas decisões e condutas, promover melhoria significativa na experiência do paciente e ainda explorar essas informações para estudos epidemiológicos e estatísticos.

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Redação Nexxto

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