Publicado em 13 abril 2021 | Atualizado em 27 março 2021

Não há dúvidas de que a administração de medicamentos é um dos procedimentos de maior responsabilidade na rotina dos profissionais de saúde. Afinal, a ocorrência de erros na dosagem, leitura equivocada das receitas médicas ou falhas por falta de atenção podem gerar graves consequências e comprometer a segurança do paciente.

Nessa perspectiva, o ideal é priorizar serviços de alta qualidade para garantir mais eficiência na administração de medicamentos, proteger a saúde do paciente e zelar pela imagem da instituição.

Tendo isso em vista, vamos explicar como manter a excelência nesse processo em prol desses objetivos. Ainda, conheça as razões para investir em ferramentas tecnológicas e automatizadas para monitorar os medicamentos e assegurar mais qualidade aos serviços de saúde. Confira!

Siga a regra dos 9 acertos

Diante da rotina acelerada das instituições de saúde, há uma busca incessante por práticas que minimizem os riscos de eventos adversos dos medicamentos. Nesse contexto, uma das melhores alternativas para evitar falhas na administração de medicamentos é adotar uma regrinha que tem um alto nível de eficácia — a regra dos 9 acertos. Assim sendo, veja quais são elas:

1. Paciente certo

Em primeiro lugar, é necessário verificar se a medicação será aplicada na pessoa certa. Para tanto, basta conferir os dados de identificação, como o nome e a data de nascimento. Depois disso, confirme essas informações com o paciente, caso ele esteja consciente.

2. Medicamento certo

De igual modo, a segunda regra é prestar atenção se o medicamento a ser administrado é o correto. Se surgirem dúvidas, pergunte ao médico responsável.

3. Via certa

Cada tipo de medicamento tem a via mais apropriada para a administração. Confira, pois, se a via é a recomendada para o tipo de prescrição.

4. Hora certa

Além disso, a quarta regra merece destaque, pois o sucesso do tratamento depende de diferentes fatores. Porém, um dos mais importantes é a administração do remédio na hora certa. Logo, atente-se a esse requisito.

5. Dose certa

Assim como as regras anteriores, prestar atenção nos detalhes da prescrição — como a dose indicada — é fundamental. Por isso, observe essa dica: confira os números escritos mais de uma vez para não precisar optar pelo disclosure.

6. Registro correto da administração

Além de ser um importante critério de segurança, o registro correto das ocorrências referentes à administração de medicamentos também é uma questão de ética profissional.

7. Orientação correta

Prezar pela orientação correta, antes, durante e após os procedimentos de administração de remédios é fundamental. Dessa forma, garanta que todas as dúvidas do paciente sejam esclarecidas. Entretanto, se você precisar de orientação, peça ajuda.

8. Forma certa

Outra regra que não pode ser negligenciada é a forma certa. Por isso, observe se a forma do medicamento prescrito confere com a via de administração sugerida.

9. Resposta certa

Por fim, a última regra se refere às respostas do paciente frente à medicação aplicada. Assim sendo, registre em um prontuário e notifique ao médico responsável todas as reações apresentadas, inclusive os efeitos colaterais indesejados.

Entenda a importância da correta administração de medicamentos

Compreender a relevância desse procedimento e suas implicações na saúde e segurança do paciente é essencial em diferentes contextos. Sob essa ótica, a conscientização dos riscos e a necessidade de adequação aos padrões de qualidade nos serviços de saúde é um dos protocolos do programa nacional de segurança do paciente.

Nesse sentido, a gestão deve implementar estratégias bem-sucedidas a fim de elevar a instituição a um patamar padronizado. Dados da ONU reforçam a importância da administração correta de medicamentos no sistema de saúde. Ainda que as estatísticas sejam globais, no Brasil, a realidade também se equipara aos índices apontados.

Assim sendo, esses dados alertam para a necessidade de ações mais eficazes para conter os impactos resultantes dessas falhas. Diante disso, veja os números:

  • cerca de 80% dos erros poderiam ser evitados. Grande parte deles estão relacionados ao diagnóstico, prescrição e à administração de medicamentos;
  • globalmente, 40% dos pacientes são prejudicados nos cuidados de saúde primários e ambulatoriais;
  • anualmente, 134 milhões de eventos adversos ocorrem em hospitais de países de baixa e média renda;
  • cerca de 2/3 de todos os eventos adversos resultantes de cuidados inseguros e os anos perdidos por invalidez e morte.

Alcance a excelência na administração de medicamentos

Apesar de tantos conhecimentos disponíveis e de uma gama de insumos tecnológicos específicos para a segurança da prática clínica, os erros de administração de medicamentos ainda são comuns. Tais falhas estão intrinsecamente associadas a danos potenciais.

Além disso, a ausência de cuidados e a falta de atenção aos protocolos de segurança dos medicamentos implicam o aumento de casos de internações e do tempo de permanência hospitalar, além de custos mais elevados. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o custo anual com os erros de medicação gira em torno de US $42 bilhões.

Globalmente, há exemplos de ações que objetivam a excelência na administração de medicamentos. Recentemente, cientistas e pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, nos EUA, divulgaram dados que apontam o terceiro motivo de morte no país — os erros médicos.

Em vias gerais, a divulgação desses dados estimulou a adoção de práticas importantes, cuja finalidade é trabalhar a reversão dessas estatísticas. Assim, foram criadas as Metas Nacionais de Segurança do Paciente, focadas na redução dos problemas que envolvem os sistemas de saúde. Seus principais objetivos são:

  • treinar e capacitar as equipes;
  • rotular os medicamentos devidamente;
  • informar ao paciente o objetivo do maior segurança dos procedimentos;
  • reduzir os riscos relacionados ao uso de terapias de ação anticoagulante;
  • melhorar o processo de comunicação sobre medicamentos entre as equipes.

Invista no monitoramento dos medicamentos

Em todo o planeta, ainda ocorrem milhões de óbitos em decorrência da má qualidade nos cuidados de saúde. Contextualmente, aspectos ligados à segurança do paciente e à administração de medicamentos contribuem significativamente para alargar tais estatísticas.

Nesse cenário, muitas práticas clínicas — e os riscos associados a elas — estão emergindo como os principais desafios para a Saúde Pública. Mesmo que se tenha observado melhorias nessa área, o país ainda continua distante do padrão de excelência ideal.

Mediante isso, além de manter a administração correta de medicamentos para garantir a segurança do paciente, também é fundamental monitorar o medicamento. Esse processo envolve importantes etapas como o armazenamento, prazo de validade, quantidade em estoque, transporte e outros.

Para tanto, profissionais que atuam em cargos hierárquicos na saúde devem investir em ferramentas tecnológicas e automatizadas para otimizar esse processo. Ou seja, a utilização desses instrumentos traz mais precisão, agilidade, favorece o controle dos riscos e diminui as chances de erros humanos.

Logo, prezar pela segurança do paciente e garantir maior precisão na administração de medicamentos é um dos pilares essenciais à eficiência da prática clínica. Mais do que isso: uma gestão de saúde responsável deve considerar a complexidade das rotinas hospitalares e investir em estratégias mais favoráveis à superação das metas mais desafiadoras.

Se você se interessou por este conteúdo, aproveite a visita ao nosso blog e confira também o artigo: Melhores práticas para garantir a segurança do paciente!

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Redação Nexxto

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